
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Sinônimos: Perda do controle da bexiga; Micção incontrolável; Micção - incontrolável; Incontinência - urinária
A incontinência urinária ocorre quando não é possível ter controle sobre a urina que sai da uretra, canal que leva a urina da bexiga para fora do organismo. Esse problema pode variar de um vazamento de urina ocasional até uma completa incapacidade de reter a urina. A incontinência é mais comum entre idosos. As mulheres estão mais propensas a ter incontinência urinária do que os homens, que geralmente ocorre após cirurgias da próstata.
Os três tipos principais de incontinência urinária são:
Incontinência de esforço ocorre durante algumas atividades, como tossir, espirrar, rir ou realizar exercícios.
Incontinência de urgência - envolve uma necessidade súbita e forte de urinar, seguida de uma contração instantânea da bexiga e a perda involuntária de urina. Não há tempo suficiente para chegar ao banheiro quando você percebe que precisa urinar.
Incontinência mista - envolve mais de um tipo de incontinência urinária,
Micção Normal
A urina formada nos rins é armazenada na bexiga, causando distensão de suas paredes.
A primeira vontade de urinar ocorre quando há cerca de 200 mL (pouco menos de 1 xícara) de urina retida na bexiga. Um sistema nervoso saudável responde a essa sensação de expansão alertando o indivíduo por meio da vontade de urinar, permitindo, ao mesmo tempo, que a bexiga continue enchendo.
Um indivíduo normal pode reter cerca de 350 a 550 ml (mais de 2 xícaras) de urina. Dois músculos ajudam a controlar o fluxo de urina:
O esfíncter (o músculo circular ao redor da abertura da bexiga) deve ser capaz de se contrair para evitar que a urina vaze.
O músculo da parede da bexiga (detrusor) deve se manter relaxado para que a bexiga possa se expandir.
No momento de esvaziar a bexiga, o músculo da parede da bexiga (detrusor) se contrai ou se aperta para forçar a urina para fora da bexiga. Antes da contração desse músculo, o corpo deve ter a capacidade de relaxar o esfíncter para permitir que a urina seja expelida.
A capacidade de controlar a urina depende de uma anatomia normal, um sistema nervoso funcionando normalmente e a capacidade de reconhecer e responder à vontade de urinar. Alteração em um desses mecanismos, pode levar a incontinência da urina.
Fatores de risco para Incontinência
Idade avançada
Obesidade
Tabagismo
Diabetes mellitus
Infecção urinária
Gravidez
Parto normal
Histerectomia (retirada do útero)
Cirurgias pélvicas
Traumas na região pélvica
Menopausa
Prostatite
Aumento do tamanho da próstata
Doenças neurológicas - Doença de Parkinson, esclerose múltiplas, Alzheimer
Traumas da coluna
AVC
Obstruções do trato urinário
Drogas (diuréticos, antidepressivos, antipsicóticos, sedativos, medicamentos para redução da próstata, etc.)
Tratamento
O tratamento é feito de acordo com o tipo de incontinência urinária.
Na incontinência urinária por esforço, o tratamento é basicamente cirúrgico, mas pode-se tentar tratamentos com exercícios para reforço da musculatura do assoalho pélvico. Atualmente, a Cirurgia de Sling, é a técnica mais usada, com os melhores resultados. Consiste em se colocar uma fita sob a uretra, promovendo seu reforço e sustentação.
Já a incontinência urinária de urgência, o tratamento é principalmente por meio de medicamentos, com uso de substâncias anticolinérgicas, que evitam a contração vesical. Esses fármacos podem não ser bem tolerados pelos seus efeitos colaterais - boca seca e constipação intestinal.